Não sendo propriamente um fanático do detalhe, confesso-vos que hoje torço um pouco o nariz aos elogios feitos à musicalidade de alguns equipamentos quando tal musicalidade, nas palavras de quem lhes tece esses mesmos elogios, subsiste com um menor índice de detalhe, quiçá até à custa deste. Mas adiante. O que estaria então a faltar? Ou a falhar? Seria a estabilidade que tinha ficado comprometida com o uso da forma esférica? Lá voltei a soluções anteriores (pés de forma circular normal), tendo experimentado usar diversos tipos de borracha, intercalada com metal, obtendo diversos resultados. Curioso que o que parecia funcionar melhor no leitor de CD’s não era já a melhor solução para o amplificador. Como se para cada equipamento (massa/peso) houvesse uma dose de amortecimento certa. Aproveito para esclarecer que a ordem porque noto mais influencia destes tipos de apoios é: amplificador, leitor de cd’s e pré amplificador. Sei que muitos dos fabricantes deste tipo de “gadget ” falam da maior influência na fonte de sinal, mas eu sempre notei muito maior diferença no amplificador. Pode não querer dizer nada, ou seja, pode ter que ver apenas com o nível de construção de cada equipamento, mas de facto esta é, com os meus equipamentos actuais, a ordem porque noto diferenças. Se resolverem experimentar e não notarem nada de mais num só equipamento, tentem fazê-lo com todos em simultâneo. Não acredito que colocando ou retirando simultaneamente os apoios em todos os equipamentos não notem nada. Volto também a lembrar que experimentar não faz mal nenhum e que se acharem que afinal é preferível usar os pés de apoio de origem, então que assim seja. Mas não neguem à partida só porque não parece crível que possa fazer diferença. Porque faz. Pelo menos nalguns sistemas. (os outros terão deficit de transparencia ?? ) De seguida pensei então numa solução que permitisse a maior estabilidade possível no apoio do equipamento, mas diminuindo os pontos de contacto. Foi então que de um dos lados passei a usar 3 semi esferas de silicone, dessas que facilmente se encontram em lojas de bricolage, e cuja função é servir de batentes para gavetas e portas. Tinha agora 3 apoios em cada equipamento, e em cada apoio, de um dos lados (do lado em contacto com o movel), 3 pontos de apoio para diminuição da superficie em contacto. Usava apenas de um dos lados para garantir por outro lado a tal estabilidade e evitar qualquer oscilação lateral que pudesse ocorrer por, digamos, diminuição excessiva do contacto. Bom...Estavam encontrados os melhores apoios de sempre… até ao momento claro Percepção clara de novos pormenores e níveis de informação ao nível das altas frequências que retiravam alguma da inveja tantas vezes experimentada ao ouvir os famosos tweters de “diamante” ou de “berilium”. E assim sendo, e reafirmando as conclusões do Tavares, obviamente que qualquer coisa melhorou mais um pouco. Mas o grave, esse maldito grave, não estava ainda a vibrar no tom correcto. E com isso alterava o timbre em geral. Olhando para algumas das diversas propostas do mercado, despertou-me a curiosidade algumas dessas soluções apontarem para o uso invertido dos apoios cónicos (como a pro-ject) e outras (como a Nordost), pretenderem o uso da forma cónica na sua posição normal, com o vértice a fazer contacto com o equipamento e a base com a prateleira. E foi assim como que um flash que me levou a simplesmente inverter também a posição dos meus apoios. Verdadeiro “Ovo de Colombo”. Então não é que de repente tudo ficou (muito) mais correcto timbricamente pelo simples facto de reduzir o contacto (os 3 apoios de silicone) com os equipamentos e ter a maior superfície apoiada sobre o móvel? Há coisas do camandro! Não acredito em bruxas mas que as há, há
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