DiploferUma das salas onde passei mais tempo, sobretudo na
2ª volta. O melhor som do show na relação qualidade preço. E não fosse a Ultimate ter ido a jogo com coisas estratosféricas e tínhamos mesmo vencedor em termos absolutos.
Há uns tempos atrás, em conversa, dizia eu a um amigo meu que as revistas francesas de áudio eram provavelmente pouco isentas. E que já estava um pouco cansado de tantos elogios e tantas estrelas para os produtos franceses. Quando ouvíamos as
Apertura no sábado, esse meu amigo lembrou-me esta nossa conversa e lá me foi dizendo que, se calhar,
eles os
franceses, se calhar até têm razão para os elogios. Sem dúvida! Sem ter reparado no preço dos componentes na porta de entrada, eu apostava á volta de 10.000 euros para esta coluna, tal o som e qualidade dos acabamentos. Esse meu amigo apostava em 6 ou 7.000 €. Erramos os dois: 3.900 €
Eu digo-vos uma coisa: estou neste momento muito satisfeito com as minhas Usher, até porque elas estão a responder aos upgrades que vos tenho relatado, sinal que ainda estão longe de revelar todo o seu potencial. Não fora isso e estas
Armonia passavam já a compra obrigatória. Mas, seja este modelo ou outro acima (fiquei deveras curioso), a marca está desde já debaixo de olho para o futuro. Num futuro em que a vontade de mudar algo possa surgir (a chamada
upgradite), se a bolsa o permitir claro, esta marca está já no topo da minha lista. E eu sou de algumas ideias fixas. Em 2006 ouvi pela primeira vez umas
Usher e fiquei de tal maneira impressionado que acabei por comprar umas.
É claro que a amplificação
Burmester tinha ali certamente uma enorme palavra a dizer. Enormíssima de certeza. E aí já estamos a falar de perto de 10.000 €! A fonte, o gira discos
TransRotor, voltava a preços mais terrenos (dois mil e tal euros). Da cablagem
Van del Hul não fixei preço. Mas também o que interessa é falar do resultado final. Poucas vezes ouvi um sistema em que as colunas desaparecessem por completo de cena, insuflando som por todo o lado á volta delas com tamanho á vontade. Isso implica uma excelente capacidade de dispersão ao nível do tweeter, o qual neste caso era de fita e integrava perfeitamente com a unidade de médios / graves não havendo qualquer descontinuidade no som, antes pelo contrário. Tudo soava integrado e harmonioso, fazendo verdadeiramente jus ao nome do modelo da coluna. E essa
armonia acontecia com uma dinâmica e abertura fabulosas. Para essa abertura contribuía também alguma ausência de grave um pouco mais profundo, mas o engraçado é que, estando a música presente no seu essencial, acabamos quase por nem notar. A não ser numa ou outra passagem mais viva, onde uma ligeira secura nos lembrava que o som não era perfeito. Mas caramba, como tive oportunidade de ouvir do sr. Paulo Inácio, ao contrário do que quase todos os outros fizeram, nem sequer foi aplicado qualquer tratamento acústico na sala. E se o som era envolvente e emocionante. Os instrumentos tinham textura. As variações dinâmicas de um saxofone eram absolutamente espectaculares. Mas foi ao ouvir clássica que pude inclusive dissipar uma dúvida muito pessoal: é possível ouvir bem clássica com uma coluna de 2 vias. O que me vai levar a tentar perceber o que ainda está a impedir isso no meu sistema.
Uma demonstração conseguida serve inevitavelmente para comparar com o que temos e naturalmente continuar a perseguir o que ainda não temos. Assim seja!
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