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O QUE EU PENSO DE... VIBRAÇÕES - 2ª PARTE (do apoio das colunas aos restantes equipamentos)

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Spock



A minha experiência neste campo começou pelas colunas e pela surpresa do impacto no som que umas bases em vidro entre os spikes e o chão (em madeira – piso flutuante) vieram operar. Já tinha ouvido falar da sua importância mas, não duvidando propriamente do que lia, e não tendo consciência da dimensão do problema, continuamente vinha adiando dedicar alguma atenção à questão, obcecado que andava com melhor amplificação, melhor fonte de sinal, melhores cabos cyclops Exclamation Até que um dia resolvi experimentar. Com vidro porque era um material a que poderia ter acesso a um custo irrisório e porque acreditava nas suas propriedades isolantes em função da sua densidade. Mais tarde vim a notar que o grave ficou afinal demasiado “seco” o que afectava a correcção timbrica geral, mas este é um processo que não é linear e há passos que têm de ser dados e erros que têm de ser cometidos para poder continuar a progredir. Inevitavelmente quando se anda “sozinho”. Daí que grande foi igualmente a minha surpresa quando resolvi mudar as bases para granito, sendo óbvia a melhoria global, sentida particularmente ao nível dos timbres, precisão e focagem. Mas num primeiro momento o uso do vidro permitiu-me desde logo perceber o que vinha perdendo por neglicenciar este “acessório”. O grave, lá está, tornou-se muito mais seco e rápido, por contraponto ao grave balofo que tantos apontam(avam) às Grand Piano em particular e às Sonus Faber em geral. Ficava agora claro porque as Grand Piano eram originalmente comercializadas com umas bases em pedra (opcionais). Não vos sei dizer se as bases são obrigatorias para qualquer tipo de chão, mas eu no v/ lugar experimentaria. Digamos que nesse momento percebi que podíamos de facto ser induzidos em erro em relação a uma característica que por vezes temos como certa em relação a um determinado equipamento apenas porque não optimizamos o seu desempenho. E daí, claro está, derivava uma perspectiva nova sobre a minha forma de abordar o áudio e o desempenho dos diversos componentes de um sistema. cheers Constatada que estava a diferença que umas bases sob as colunas podiam fazer, era altura de virar atenção para os equipamentos. Foi então que um dia comprei no Aki, por uns meros 9,90 €, umas borrachinhas de seu nome “Stabidome” que ostentavam na embalagem a indicação de servirem para amortecer vibrações para diversos equipamentos, incluindo colunas de som. E não é que, mais uma vez, grande foi o meu espanto pela diferença experimentada no som. Estas “coisas” afinal pareciam ter uma razão de ser pois influenciam(vam) de facto o som. Reparem que não interessa se o som estava bom, menos bom ou continuava mau. Interessa que melhorou. O que importa salientar é o facto de ter introduzido diferenças perfeitamente audíveis, com uma limpeza geral a ocorrer, melhorando o silêncio de fundo pela eliminação de algum “jitter”, aumentando assim o contraste onde surgiam inéditos alguns pormenores nunca antes notados, gerando ainda uma inequívoca sensação de maior dinamismo do som. What a Face
A partir daqui estava instalado o fascínio. E então porque não experimentar outro tipo de soluções e aferir se era possível aumentar (melhorando) a influência destes acessórios no desempenho final do sistema? Dava-me agora gozo ir experimentando soluções que ia idealizando, trabalhando sempre esta vertente do amortecimento, a exemplo aliás do que sempre vira ao nível dos gira discos, verdadeiras obras de arte neste particular com as suas mais ou menos complexas suspensões. E parecia caminhar no bom sentido pois curiosamente as diferenças no som continuavam a fazer-se notar. Mais detalhe e mais resolução, sempre acompanhados de uma extensão crescente dos agudos. Contudo, volta e meia lá regressava ao uso das simples borrachinhas stabidome ou mesmo aos apoios de origem, pois às melhorias citadas correspondia igualmente um estranho aumento da secura do grave, e um certo desequilíbrio timbrico geral. Olhando para algumas das soluções de mercado, verificava que a vertente amortecimento não era/é a única solução apresentada. O factor isolamento era igualmente tido em conta, pela diminuição de um dos pontos de apoio, sendo muito comuns os cones, cujo vértice tocava obviamente de forma mínima uma das superfícies. Então porque não tentar diminuir o ponto de contacto ao mínimo em ambas as superfícies? A forma esférica seria a solução? E se essa esfera fosse de borracha, estariam garantidos em simultaneo os factores amortecimento e isolamento, correcto? Claro que teria de haver um outro elemento para dar estabilidade à esfera. Umas rodelas de madeira com um orifício no meio onde a esfera assentava foi o artefacto seguinte. E mais uma vez resultou no sentido de que a alteração sonora foi evidente. Mas aqui a “secura” do grave e alteração timbrica foi ainda maior, o que não deixou de constituir motivo de reflexão pois por outro lado o grave estava mais rápido que nunca, a dinâmica e a resposta a transientes a atingir níveis nunca antes experimentados, com a informação da gama alta do espectro sonoro a surgir mais explicita e extensa que julgava possível com os equipamentos residentes. Então, a par da perplexidade das diferenças experimentadas pelas diversas soluções, a maior conclusão a tirar era que afinal um nível de detalhe inferior, a lentidão e falta de dinâmica do som eram características que não estavam directamente relacionadas com a menor qualidade dos componentes. Tinham um preço, mas era afinal possível os componentes residentes terem uma performance diferente da que estava habituado. E como diz o meu amigo Tavares, se estamos a ouvir pormenores novos, se estamos a ouvir musica com o ritmo mais correcto, com maior rapidez, com maior dinâmica, há certamente qualquer coisa que melhorou e que está mais correcta. Gerou algum desequilíbrio ? Então vamos tentar corrigir. Negar o que surgiu de novo é que nunca.

(cont.)

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